Irresistivel

19/10/2013 15:32

 

Ninguém percebeu alem de mim é claro, no momento que ele pisou no pátio eu vi que ele não era humano, tentei avisar minha mãe, mas ela não deu bola para mim, falou que isso é coisa da minha cabeça, mas não é.

Por causa disso estou a quase 5 horas pesquisando na internet um jeito de proteger nossa família, agora toda e qualquer pessoa do condomínio corre perigo e depois dos pesadelos que tive noite passada tenho certeza que a primeira vitima sou eu. Depois de tanto procurar achei o que eu queria, ainda bem que o material necessário para confeccionar o amuleto é fácil de conseguir.

Corri ate uma casa de produtos naturais, comprei tudo que precisava e confeccionei vários bastões, eu não podia proteger minha casa e esquecer-se das outras.

 Com todos os bastões nas mãos sai pé com pé, cuidando para que ninguém me visse, coloquei um bastão em cada jardim, eles pareciam enfeites, talvez nem todos gostassem, mas era necessário, ate eu achar um jeito de expulsá-lo daqui.

Quando terminei de colocar o ultimo bastão, me virei para ir para casa dei de cara com ele David, então me dei conta que não tinha nenhuma proteção para mim.

▬Você pensa mesmo que com essas porcarias vai me impedir de fazer alguma coisa?  ▬ Tentei gritar e sair correndo, mas todos os meus músculos estavam travados.

▬ Você não vai fazer nada comigo? ▬ eu queria que fosse uma afirmativa, mas soou como se fosse uma pergunta.  

▬ Vem comigo. ▬ Ele falou suavemente, hipnotizada não conseguir dizer nenhuma palavra, somente o segui como um cachorrinho adestrado. Senti o meu corpo inteiro formigar e um calor me invadir, naquele momento mesmo que tudo dentro de mim gritava, saia correndo, perigo! Eu não conseguia me impedir de querer chegar mais perto. E de repente até o fato de ele tomar meu sangue parecia sexual. Sexual? Pensei isso mesmo? Tentei retomar o controle do meu corpo e fracassei.

Ele me levou até um parque e sentou-se e indicou para eu sentar ao lado dele, sem domínio nenhum do meu corpo obedeci.

▬ Sabe o que eu faço com esses seus amuletozinhos? ▬ eu fiz que não com a cabeça, e ele olhou firme para um galho de uma arvore que estava próxima e eu aguardei para ver o que iria acontecer. E não consegui segurar minha boca.

▬ Não estou vendo nada. ▬ Seu olhar me penetrou tão gelado que cheguei a engasgar, se for para eu ter domínio de mim mesma outra vez, que seja para fugir e não para falar besteiras, pensei.

▬ Fique quieta, simplesmente olhe... ▬ Ele olhou novamente para planta, e desta vez eu percebi que começou a sair fumaça e em questão de segundos o galho estava em chamas.

Olhei atônica, sentido o medo me transpassando a alma, eu nunca conseguiria fugir dele, que besteira a minha pensar que um dia eu poderia com ele.

 ▬ Se eu quisesse agora mesmo eu tomaria até a ultima gota do seu sangue, só por pensar que pode fazer alguma coisa comigo.

▬ E por que não faz? ▬ Empinei a cabeça ao falar mais essa besteira.

▬ Muito tentador, mas não. ▬ Eu deveria me sentir feliz com essa afirmativa, mas senti como se algo dentro de mim se quebrasse, como se o fato de ele não querer meu sangue fosse algo pessoal, me senti desprezada e em questão de segundos tudo o que eu mais queria era senti ele tomar meu sangue, sentir sua boca em meu pescoço.

▬ Por quê?

▬ Olhe para você, até ha pouco queria me ver longe e agora. ▬ Ele chegou perto de mim, do meu pescoço e eu voluntariamente o ofereci, esperando senti-lo naquele instante.  Ele chegou a encostar a língua em meu pescoço e meus batimentos cardíacos dispararam e muito antes do que do que eu queria se afastou. ▬ Está completamente entregue.

Eu abaixei a cabeça envergonhada com minha reação e apesar de saber da verdade sobre os vampiros, nunca estive tão próxima de uma como regra eu preferia eles sempre longe.

Ele pegou meu queixo ele levantou minha cabeça para que eu olhasse para ele.

▬ Não precisa de toda essa proteção, não farei mal algum a ninguém, não vou mais me alimentar.

▬ Dessa forma você vai enfraquecer e morrer. ▬ Falei tristemente

▬ Não fica feliz que você e sua família esta a salvo do mostro. ▬ me perguntou olhando em meus olhos.

▬ Não gosto de mortes. ▬ Respondi tentando fugir do seu olhar.

▬ Nem se o morto for um monstro como eu?

▬ É morte igual.

▬ Você me intriga, oh doce Vanessa. ▬ Ele acariciou minha face. ▬ Você seria capaz de ser minha doadora de sangue só para não me ver morrer?

Respondi sem mesmo pensar.

▬ Seria. ▬ Ele sorriu e novamente ficou serio. ▬ Tem certeza disso?

▬ Sim. ▬ Foi quase um sussurro.

▬ Então, vai para casa e tira aquele Bastão e me espera hoje a noite de janela aberta.

Conforme o que ele falou eu fiz, chegando em casa tirei o bastão e joguei no lixo, abri a minha janela e fiquei esperando, era quase meia noite quando sua sombra apareceu do lado de fora.

▬ Me convide para entrar Vanessa. ▬ Ele estava diferente, estava com o semblante sombrio. Tive vontade de desistir. ▬ Anda logo, não temos a noite inteira, lembre-se que sua casa não mais proteção e se eu ultrapassar sem ser convidado terei que matá-la e eu detestaria fazer isso.

Percebi que tinha caído em uma armadilha, meu bastão sempre funcionou e que agora eu não tinha alternativa a não ser me entregar a esse vampiro.

▬ Gostaria de entrar David?

▬ Sim, muito obrigada. ▬ Ele entrou em meu quarto como se fosse um felino.  E me levou até a cama, e me beijou primeiro suavemente e aos poucos seu beijo foi ficando intenso e invasivo, minha cabeça começou a girar, o calor incendiava minhas veias, todos os meus medos foram embora e eu só queria ser daquele maldito vampiro, senti sua mão tocar os botões da minha blusa, logo depois o sutiã, não demorou muito para ele, se livrar de toda minha roupa. Naquele momento eu esqueci que era virgem e me ofereci abertamente a ele. Suas mãos eram praticas, sabia exatamente o que fazer, subia  levemente e descia pelas curvas do meu corpo. ▬ Você é minha só minha, entendeu? ▬ Não respondi e ele também não esperou resposta, sabia que eu estava em convulsões ao sentir seu toque na parte mais intima do meu corpo. ▬ Gosta?

▬ Sim.  Eu gosto, eu sou sua, só sua. ▬ Ele soltou um riso suave e continuou a pressionar aquele lugar tão sensível, uma ânsia tomou conta de mim, queria gritar e gemer, algum lugar no meu celebro me dizia que eu deveria ficar em silencio, e aquela sensação aumentou e explodiu me fazendo me contorcer toda de tanto prazer. ▬ Que linda... ▬Ele percorreu a mão mais uma vez pelo meu corpo. ▬ Agora é a minha vez.

Ele se ajeitou entre minhas pernas e com uma firme estocada me penetrou, tapando minha boca para que eu não gritasse, logo depois da dor veio um prazer ainda maior do que havia sentido antes, e ele se embalou em um ritmo que quase me levou as alturas, enquanto ele seguia seu ritmo com uma das mãos afastou minha cabeça deixando livre o pescoço, beijou suavemente a linha do meu maxilar.

Com uma das mãos ele tapou minha boca novamente, deixando vir a tona todo o lado animal escondido até ali, não vi seus dentes quando penetrou a carne do meu pescoço, me queimando por inteiro, envolvido em uma frenesi ele sugava meu sangue e me penetrava com estocadas firmes, meu corpo estava delirante, e não tenho palavras para descrever o prazer que senti, acho que foi nesse momento que me apaixonei.

Quando terminou, me sentia fraca, mal conseguia me mover, eu estava anestesiada.

▬ Sabia que não tinha escolhido errado, você é uma delicia... Durma bem querida e amanhã não se esqueça de deixar a janela aberta.

Sem dizer mais nada ele se foi, eu sabia que essa foi à primeira noite de muitas, alguma coisa dentro de mim gostava muito do que estava acontecendo, e que em pouco tempo seria meu fim, mas não podia evitar.