POESIAS

Tente entender

Entre flores e frutas

Ao centro uma coisa

De longe nada se vê

Mas de perto é lindo

Tanto aqui, quanto ali

Não importa o destino

Desde que a luz brilhe

A imagem está refletida

Em todas as áreas

Sem motivo transparente

De lua em lua

Junto ou longe

Os opostos sempre se atraem

Luz e trevas

Brigas intensamente

Por que um tem

O que o outro não tem

E que no fundo

Isso é amor

 

Fantasmas

O tempo passou

Tudo mudou intensamente

Por que estou aqui?

Não encontro palavras

Nem desculpas para justificar

Essas sensações terríveis

E o cansaço que me inunda

Já nem tenho pressa

Também não entendo nada

As vezes quero desistir

Mas não é hora de fazê-lo

Queria dormir

E não tenho sono

Em meio a confusão

Já nem sei o que quero

Queria um alguém

E tive medo

O medo me envolveu

 Machucou-me e me Rasgou a alma,

Não sou infeliz

Nem por isso sou feliz

Queria exorcizar

Os fantasmas que me aflige

Me ver livre do passado

Voltar a acreditar

Num futuro renovado

Em grades invisíveis

Penso

Que os medos e incertezas

Meros fantasmas

Acompanhara-me

Ate o fim das paginas da minha vida.

 

sonhos

Entre espinhos e flores

Doce ilusão se torna esperança

Tão longe, mas na mente firmado

O sonho invade a realidade

Trazendo euforia

Luz ao fim do túnel

Sensação de dever cumprido

Depois de lutas e dores

Transtornos e desavença

A beleza da rosa

Tão esperada em seu botão

Surge tímida

Alegrando o coração

De um simples plantador

Dos mais lindos

Jardins dos sonhos

Que mesmo acordado

Se sonha.

 

 

Aparências Enganam

Céu azul tão lindo

Quem olha não pensa

Não vê

Que a beleza do agora

Esconde as nuvens de ontem

Não mostra os ventos

Nem mesmo os relâmpagos

A fúria de um tempo revolto

Quem te olha agora, oh céus

Não sabe da sua dor

Não compartilha da sua angustia

Nem dos seus pesares

Sua aparência

Esconde tão bem

Que quase me deixo enganar

Por seu brilho falso

Existem nuvens

Que nenhum sol

Pode apagar.

 

Jornada da vida

Tudo que um dia procurei

Sem perceber encontrei

Caminho a qual percorri

Me trouxeram até aqui

Distante do começo

De volta ao começo

Outro tipo de começo

Outro tipo de jornada

Um novo aprendizado

Aprendendo a se reencontrar

Trazendo o renovo

Correndo atraves dos ventos

Ora favor

Ora contra

Sonhando e alcançando

Sempre e sempre lutando

E o destino sempre encontrando.

 

 

De repente

Aconteceu assim, sem controle

Veio como um vento impetuoso

Arrastando tudo em mim

Senti o calor, a essência

Tomada de um jubilo amor

Como um vulcão do desejo

Sua erupção foi tamanha

Queimando-me, inebriando

Tomada por luxuria

Domada como fera selvagem

Foi de repente, sem aviso

Foi embora, levou tudo

Senti o vazio

E tudo ficou escuro e frio

CRISTINA DE AZEVEDO

 

 

Noite de sonhos

 

 Minhas pálpebras pesam

Um descanso tão esperado

Antes fosse realmente assim

Um descanso sem fim

Vidas e vidas

Distancias segura

Onde acaba a fantasia?

E a realidade começa

Encantos vividos

Sonhados e sentidos

O belo raio de luz

A menina dos olhos contempla

O infinito sem fim

Fosse assim vivido

O restante que se foi

Nem ilusão e atrito

No sono se faz luz

Ao nascer do sol

Só ficou

A lembrança da lua que se foi

CRISTINA DE AZEVEDO

Tópico: POESIAS

De repente

Data: 12/04/2014 | De: Elton da Fontoura

Não sou muito afeito a escrever poesias, mas gosto de ler uma palavras que nascem da alma. Gostei de todas, mas "De repente" tem a essência do sentimento que brota e se esvai. É mais ou menos assim que esta sensação de afeto projetou-se em minha atual existência.
Foi um sacrifício compor "Misteriosa Onda", música que ilustra a trama de Gênio de Rua. Não previa que eu comporia mina primeira poesia ao escrever um livro em prosa. Se houver necessidade de compor versos ou uma música, no Gênio 2, vou convidá-la para ser co-escritora, aceitas? Um grande abraço.

Talento

Data: 02/12/2013 | De: Raquel Pagno

Cristina, eu nem sabia que vc escrevia poesias! estou passada! Existe alguma coisa no mundo que vc não saiba fazer??

Re:Talento

Data: 13/01/2014 | De: Cristina de Azevedo

Bondade sua, tem muita coisa que eu não sei fazer, por exemplo: cronicas.

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