Não sou muito afeito a escrever poesias, mas gosto de ler uma palavras que nascem da alma. Gostei de todas, mas "De repente" tem a essência do sentimento que brota e se esvai. É mais ou menos assim que esta sensação de afeto projetou-se em minha atual existência.
Foi um sacrifício compor "Misteriosa Onda", música que ilustra a trama de Gênio de Rua. Não previa que eu comporia mina primeira poesia ao escrever um livro em prosa. Se houver necessidade de compor versos ou uma música, no Gênio 2, vou convidá-la para ser co-escritora, aceitas? Um grande abraço.
POESIAS
Tente entender
Entre flores e frutas
Ao centro uma coisa
De longe nada se vê
Mas de perto é lindo
Tanto aqui, quanto ali
Não importa o destino
Desde que a luz brilhe
A imagem está refletida
Em todas as áreas
Sem motivo transparente
De lua em lua
Junto ou longe
Os opostos sempre se atraem
Luz e trevas
Brigas intensamente
Por que um tem
O que o outro não tem
E que no fundo
Isso é amor
Fantasmas
O tempo passou
Tudo mudou intensamente
Por que estou aqui?
Não encontro palavras
Nem desculpas para justificar
Essas sensações terríveis
E o cansaço que me inunda
Já nem tenho pressa
Também não entendo nada
As vezes quero desistir
Mas não é hora de fazê-lo
Queria dormir
E não tenho sono
Em meio a confusão
Já nem sei o que quero
Queria um alguém
E tive medo
O medo me envolveu
Machucou-me e me Rasgou a alma,
Não sou infeliz
Nem por isso sou feliz
Queria exorcizar
Os fantasmas que me aflige
Me ver livre do passado
Voltar a acreditar
Num futuro renovado
Em grades invisíveis
Penso
Que os medos e incertezas
Meros fantasmas
Acompanhara-me
Ate o fim das paginas da minha vida.
sonhos
Entre espinhos e flores
Doce ilusão se torna esperança
Tão longe, mas na mente firmado
O sonho invade a realidade
Trazendo euforia
Luz ao fim do túnel
Sensação de dever cumprido
Depois de lutas e dores
Transtornos e desavença
A beleza da rosa
Tão esperada em seu botão
Surge tímida
Alegrando o coração
De um simples plantador
Dos mais lindos
Jardins dos sonhos
Que mesmo acordado
Se sonha.
Aparências Enganam
Céu azul tão lindo
Quem olha não pensa
Não vê
Que a beleza do agora
Esconde as nuvens de ontem
Não mostra os ventos
Nem mesmo os relâmpagos
A fúria de um tempo revolto
Quem te olha agora, oh céus
Não sabe da sua dor
Não compartilha da sua angustia
Nem dos seus pesares
Sua aparência
Esconde tão bem
Que quase me deixo enganar
Por seu brilho falso
Existem nuvens
Que nenhum sol
Pode apagar.
Jornada da vida
Tudo que um dia procurei
Sem perceber encontrei
Caminho a qual percorri
Me trouxeram até aqui
Distante do começo
De volta ao começo
Outro tipo de começo
Outro tipo de jornada
Um novo aprendizado
Aprendendo a se reencontrar
Trazendo o renovo
Correndo atraves dos ventos
Ora favor
Ora contra
Sonhando e alcançando
Sempre e sempre lutando
E o destino sempre encontrando.
De repente
Aconteceu assim, sem controle
Veio como um vento impetuoso
Arrastando tudo em mim
Senti o calor, a essência
Tomada de um jubilo amor
Como um vulcão do desejo
Sua erupção foi tamanha
Queimando-me, inebriando
Tomada por luxuria
Domada como fera selvagem
Foi de repente, sem aviso
Foi embora, levou tudo
Senti o vazio
E tudo ficou escuro e frio
CRISTINA DE AZEVEDO
Noite de sonhos
Minhas pálpebras pesam
Um descanso tão esperado
Antes fosse realmente assim
Um descanso sem fim
Vidas e vidas
Distancias segura
Onde acaba a fantasia?
E a realidade começa
Encantos vividos
Sonhados e sentidos
O belo raio de luz
A menina dos olhos contempla
O infinito sem fim
Fosse assim vivido
O restante que se foi
Nem ilusão e atrito
No sono se faz luz
Ao nascer do sol
Só ficou
A lembrança da lua que se foi
CRISTINA DE AZEVEDO
Tópico: POESIAS
De repente
Data: 12/04/2014 | De: Elton da Fontoura
Talento
Data: 02/12/2013 | De: Raquel Pagno
Cristina, eu nem sabia que vc escrevia poesias! estou passada! Existe alguma coisa no mundo que vc não saiba fazer??
Re:Talento
Data: 13/01/2014 | De: Cristina de Azevedo
Bondade sua, tem muita coisa que eu não sei fazer, por exemplo: cronicas.